Ainda do post do Pai Natal

Para aqueles que perguntaram se eu tinha sabido mais alguma coisa acerca daquela família, a resposta é sim.
Ali por meio de Janeiro seguinte, recebi uma carta (endereçada à rubrica) do pai daquela menina; agradecia em cada palavra o Natal da filha (acreditem se quiserem mas cada palavra dele foi como que um abraço) e dentro do mesmo envelope vinha um outro envelope com outra carta que ele dizia ser para mim (ele dizia ser para a pessoa que dentro da empresa tinha tratado de tudo).
Abri a carta e li "PAI! Estou tão feliz! Como conseguiste fazer isto?!"
Li mais um pouco só para me assegurar de que a ceia e o almoço tinham sido entregues, e que os presentes tinham chegado a tempo, depois fechei-a, enfiei-a dentro do envelope pintado com lápis de cor em que vinha, e devolvi-a ao remetente (pai).
Escrevi-lhe um bilhete pequeno e informal (quase frio) agradecendo a atenção, e dizendo-lhe que lhe devolvia a carta da filha porque só a ele pertencia.
Foi muito dificil resistir à tentação de seguir o rasto daquela familia; queria saber porque estava preso, queria ajudar com advogados, queria prestar apoio àquela mãe e filha mas alguma coisa me dizia que não devia e que de alguma forma eles iriam ficar bem (de coração que achei que aquele pai tinha aprendido a lição, qualquer que ela fosse).
Achei que o resto da história seriam eles a fazê-la, e a fariam bem feita.
Nunca mais soube de nada e no ano seguinte não veio nenhum pedido.
Gostava se saber que estão bem...