Que vergonha senhores!

Isto aqui é tão, mas tão, mas tão bonito, que tudo tem de ser aproveitado até ao tutano e como tal, deixam-se as malas por fazer até à ultima.
Depois é numa lufa, lufa, com o transporte já a chegar para nos levar de regresso, que se apanham as coisas e se encatrafua tudo às três pancadas para dentro do albernoz a.ka. mala (o Mais Que Tudo não que é muito organizadinho - e tem uma paciência para mim que só visto benza-o Deus- , só eu é que sou a desmiolada das malas).
Já com um pé fora do quarto vejo qualquer coisa laranja a espreitar ainda de uma gaveta aberta; sem que ele se aperceba, volto atrás em salto de gazela,  recolho a coisa e enfio-a no primeiro sitio que me ocorre para não dar nas vistas e entro coladinha a ele no elevador.
Já no lobby para fazer check-out, encontramos um colega do mais Que Tudo de quem nos despedimos, o motorista faz sinal de que tem o carro pronto, adeus, adeus, ´bora lá e blá, blá, blá no carro e nunca mais me lembrei da coisa.
Paragem rápida ainda no centro de Paris, para comprar uma coisinha (só uma, só uma...) e siga que se faz tarde.
Já no aeroporto, lá naquele sitio do tira o blazer, tira os sapatos, tira o cinto, tira o relógio, tira o fio, tira os brincos, tira praticamente tudo, pergunta-me o Mais Que Tudo que está um passo atrás de mim "E isso cor-de-laranja que tens pendurado aí no bolso das calças, o que é?"
Ups!
E foi assim que eu desfilei por Paris com umas cuecas cor-de-laranja penduradas no bolso das calças (à laia dos cowboys)...