quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Partidas e chegadas


Desde há muitos anos que os aeroportos fazem parte da minha realidade; tempos houve em que eram o meu local de trabalho (e tantas estórias podia contar), depois passaram a ser só um dos meus pontos de partida para grandes aventuras e descobertas.
De há alguns anos a esta parte são o meu ponto de reencontros e partidas, sempre para lá e para cá.
Num aeroporto digo até já ao meu filho (lágrimas, lágrimas) para ir dizer olá ao meu marido (risos, risos), e logo de seguida digo até já ao meu marido (lágrimas, lágrimas) para vir dizer olá ao meu filho (risos, risos); num mesmo aeroporto, o nosso da Portela, Lisboa,  umas vezes digo até já ao meu marido enquanto me debulho em lágrimas, outras recebo-o eufórica e aos pulinhos.
Não há outro sitio como os aeroportos para despertar em mim esta bipolaridade; mas não sou a única.
Enquanto espero, tanto nas chegadas como nas partidas, observo a(s) vida(s) que se desenrola(m) à minha volta; e vejo que quer sejam lágrimas de tristeza quer sejam lágrimas de alegria é sempre o amor que prevalece.
Hoje encontrei este artigo, que não sendo novo permanece actual e quis muito partilhá-lo convosco.

7 comentários:

  1. Estou contigo, também, sou bipolar quando chego ao Aeroporto!

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  2. Infelizmente eu vou e volto sempre sozinha. E acredita que, algumas vezes, sinto inveja (da boa) das pessoas que são recebidas com beijos e abraços.

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  3. Uiiiiiii...o ponto nevrálgico onde tu me foste tocar...tu sabes...já estou para aqui a fungar, teria histórias mil...

    Jinhossssss (shiunf, shiunf!!!)

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  4. A minha vida constitui-se em parte destas histórias, destas vidas. Também eu ando cá e lá, vou quando quero ficar, fico quando quero ir.
    A frase inicial do filme "o amor acontece" diz exactamente isto do artigo. No fundo, culturas diferentes mas com o mesmo amor (que nos move).

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  5. Como me vi neste post. Passo o mesmo mas apenas digo Olá ou até já aos meus pais, eles que há 4 anos se tornam emigrantes e voltam ao nosso Portugal para matar um bocadinho das saudades. E faço o mesmo, observo os que esperam, os que sorriem, os que correm, os beijos de saudades e uma situação que achei muito romântica, quase situação de filme um rapaz com uns cinco balões tipo os de feira juntamente com um pequeno urso de peluche que foi esperar uma "amiga". Achei bonito e adorei o sorriso gigantesco dela :)

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  6. não entendo porque as ciências sociais chamam aos aeroportos não-lugares. até o cinema sabe que estes estão cheios de tudo o que falta nas vidas do dia a dia.

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