Delft (para além da torre do cagaço)

E quando recomposta do cagaço avançámos à descoberta da cidade de Delft.
Aos Sábados a feira é feita numa das praças secundárias desta cidade; desde frescos, flores, antiguidades, velharias há todo um bric-à-brac para ser visto e nem sequer o kibbeling (peixe frito) ou os musselen (mexilhões) que eu adoro, ali faltam!

A porcelana de Delft, em Delft Blue (ou outras cores de inspiração asiática), era coisa em que não estava muito interessada (heresia) porque quando comparada com a nossa me parece grosseira...
Assim, cirandámos pela cidade, com o nosso prato de kibbeling na mão, a ver as gentes; a par e passo cruzávamo-nos com grupos de miúdos de mochilas todas iguais às costas, roupa muito suja e ar esfalfado (ver na foto); naturalmente ficámos curiosos para saber o que seria aquilo.
Uma peregrinação? Um rally paper? Não.

Afinal eram as praxes! Delft é uma cidade universitária, é aqui que estão as engenharias (as ciencias sociais estão em Leiden - Leiden do meu coração) e as praxes aos caloiros para serem aceites nas fraternidades, obriga-os a cumprir uma serie de passos sendo que uma das regras é a de que durante 10 (?) dias não podem trocar de roupa (sobre a roupa interior não sei) e é sempre com a mesma que o fazem.

Como não podia deixar de ser vimos muitos canais, muitas flores, muita bicicleta (vejam a verde da foto que mais parece...um barco? Um carro? Um tamanco?) muito queijo, muito stroopwaffel, muita arte pela rua e... desta vez não encontrámos nenhum moinho!

Um pormenor engraçado nesta cidade, mas que não mostro nas fotos (porque havia muita criança por lá a brincar) é algumas esplanadas nos largos terem caixas de areia com brinquedos, convidando os pais a levarem os seus filhos a acompanhá-los ao café sem medo de que possam incomodar as outras pessoas com as suas brincadeiras. os pais descontraem e conversam à vontade com os amigos e as crianças brincam descalças e bem dispostas.

Vamos voltar!