Meses antes, por Outubro a Gigi tinha ido connosco, as crianças, recolher folhas de plátano bonitas, que deixava secar e depois serviriam, umas de molde para recortar a sua silhueta em papel de estanho, e outras seriam usadas assim mesmo, secas, nos centros de mesa.
As suas mãos habilidosas largavam, por esta altura, a costura, e dedicavam-se a produzir cabaninhas em palhinha para o presépio, cercas em madeirinha para fazer cercados para os rebanhos de ovelhas, rios azuis (de sacos de plástico) e de prata (das tabletes de chocolate) e lagos (com espelhos); com caixas de ovos vazias, fazia montes e vales e o papel pardo com que as cobria, cobria-se de musgo e ervas secas (que íamos apanhar depois de jantar) para reproduzir a Natureza.
O presépio começava a ganhar forma bem debaixo dos nossos olhos de miúdas.
Na sala grande, de jantar, o espaço entre duas das paredes transformava-se numa aldeia em miniatura.
Depois havia a árvore; era preciso escolhê-la; reservava-se uma manhã inteira para isto, que escolher o pinheiro perfeito entre todos os que estavam expostos, ali encostados a uma parede do quartel de Sapadores, era coisa que levava o seu tempo.
Já em casa, e depois muito braço picado, agulhas que se espetavam nos olhos (invariávelmente, na noite de Natal havia sempre alguém com um olho inflamado), o pinheiro lá tomava o seu lugar, magestoso, e começava a vestir-se.
Abriam-se as caixas que já vinham de outros anos e, aos meus olhos, havia uma explosão de cor e brilhos; bolas de vidro com passarinhos lá dentro, outras com estrelas vermelhas e purpurina solta lá dentro que se agitavam quando lhes tocavamos, passarinhos de loiça, com caudas emplumadas, que se prendiam nos galhos, fitas e fitas, mais gordas umas, outras mais fininhas a lembrar a chuva, bolas de veludo vermelho e bolas douradas, prateadas...
No topo uma estrela e mais ou menos a meio, uma folha de papel A4, onde com uma caligrafia irrepreensível, a Gigi tinha escrito "Feliz Natal e Bom Ano Novo".
As suas mãos habilidosas largavam, por esta altura, a costura, e dedicavam-se a produzir cabaninhas em palhinha para o presépio, cercas em madeirinha para fazer cercados para os rebanhos de ovelhas, rios azuis (de sacos de plástico) e de prata (das tabletes de chocolate) e lagos (com espelhos); com caixas de ovos vazias, fazia montes e vales e o papel pardo com que as cobria, cobria-se de musgo e ervas secas (que íamos apanhar depois de jantar) para reproduzir a Natureza.
O presépio começava a ganhar forma bem debaixo dos nossos olhos de miúdas.
Na sala grande, de jantar, o espaço entre duas das paredes transformava-se numa aldeia em miniatura.
Depois havia a árvore; era preciso escolhê-la; reservava-se uma manhã inteira para isto, que escolher o pinheiro perfeito entre todos os que estavam expostos, ali encostados a uma parede do quartel de Sapadores, era coisa que levava o seu tempo.
Já em casa, e depois muito braço picado, agulhas que se espetavam nos olhos (invariávelmente, na noite de Natal havia sempre alguém com um olho inflamado), o pinheiro lá tomava o seu lugar, magestoso, e começava a vestir-se.
Abriam-se as caixas que já vinham de outros anos e, aos meus olhos, havia uma explosão de cor e brilhos; bolas de vidro com passarinhos lá dentro, outras com estrelas vermelhas e purpurina solta lá dentro que se agitavam quando lhes tocavamos, passarinhos de loiça, com caudas emplumadas, que se prendiam nos galhos, fitas e fitas, mais gordas umas, outras mais fininhas a lembrar a chuva, bolas de veludo vermelho e bolas douradas, prateadas...
No topo uma estrela e mais ou menos a meio, uma folha de papel A4, onde com uma caligrafia irrepreensível, a Gigi tinha escrito "Feliz Natal e Bom Ano Novo".
Qual delas és tu? O baby é daqueles que eu ia adorar comer de beijos, eheheheh!!!
ResponderEliminarhttp://fashionfauxpas-mintjulep.blogspot.pt
Naturalmente, eu sou a que tem cara de parva, a tentar disfarçar a falta de dentes dos 5 anos
Eliminar:DD
:)
ResponderEliminarSUPER MEGA FOFA!!!!
e que lembranças boas.......
bjoka
Bolas com purpurinas, outras a parecerem pequenos snow globes e pássaros de vidro coloridos e de muitos tamanhos com grandes caudas brilhantes e uma mola para os prender aos galhos... ( suspiro imenso) ... O que o Pai gostava do Natal e de decorar a árvore !! E da música, e de nos levar todos os anos á Baixa ver as ruas iluminadas e decoradas, e, e, e, .....
ResponderEliminar:))
EliminarBeijinho Maria ♥
Tantas lembranças.. =)
ResponderEliminarFizeste-me também pensar como era cá em casa há uns anitos =)
Beijocas
Awww gostei mesmo da descrição. Mesmo quentinha. :)
ResponderEliminarAdorei o texto e essas imagem trazem sempre boas recordações.
ResponderEliminarbeijinhos
PS: Vi há pouco o teu e-mail e não precisas de pedir desculpa, não levei a mal de maneira nenhuma, foi até um elogio.
Sigo o teu blogue e vou acompanhá-lo com alguma atenção.
Uau!amei o texto e foto super fofinha :)
ResponderEliminarMas que belo header!
ResponderEliminarE belas recordações.
Que querida que tu eras, feita "big sis". Ao teu colo é um irmão ou uma irmã?
ResponderEliminarE, já agora que estou numa de cusquice, quem é afinal a Gigi? A vossa empregada? Mas então essa não era a Ausenda?...
Ao meu colo é a prima pequenina, e a Gigi é a prima que comanda as hostes há, agora, oitenta e alguns anos!
EliminarAdoro os textos que me fazem sonhar:) o teu fez.
ResponderEliminarO meu natal de infância não teve esse encantamento. Mas lembro-me do "ai jesus" que era se uma das bolas nos caía das mãos. A minha mãe fazia tudo de má vontade (era uma pessoa muito fria) e o meu pai chegava tarde e más horas para jantar (com a minha mãe já aborrecida) porque coitado ficava sempre à espera do último cliente "que lhe ia salvar o dia"...era um mouro de trabalho...não conto mais para não estragar a magia do teu natal:)
Jinho
Xi ♥ apertado!
EliminarTão giro :) Nunca tive um Natal assim, espero vir a proporcioná-lo a alguém mais tarde :)
ResponderEliminarE adoro o novo look do blog!
É tão bom que estas lembranças permaneçam na nossa memória!
ResponderEliminar:-))