terça-feira, 8 de maio de 2012

Se eu estivesse mazé quietinha!

Confesso, tenho dificuldade em estar quieta.
Quando não tenho mesmo o que fazer (coisa rara) logo arranjo com que me entreter, mas, em regra, o mundo não me deixa estar sossegada.
Ele é de lá para cá e de cá para lá, qual caixeiro viajante (mas em melhorzinho, vá), ele é mexe daqui mexe dali, ele é trata disto e daquilo, ele é vai ao pai, vai à mãe, vai ao filho, vais aos sogros e odiaboaquatro, e sem que eu saiba muito bem como há sempre milhões de coisas para e por fazer; assim levo os meus dias, que entram pelas noites, sempre a correr.
Para piorar um bocadinho tudo isto, tenho por sina que quando estou mais ocupada é quando o mundo se lembra de me despejar ainda mais tralha para fazer.
Assim sendo, tenho um caso de amor mal resolvido com os meus sofás; quanto mais os adoro, menos lhes consigo sentar o rabo em cima.
Agora mesmo, e depois de uma manhã intensa (em tarefas pessoais e um miminho profissional daqueles de truz) lá consegui aterrar em casa, mesmo antes dos homens das mudanças virem buscar estes templos de conforto (vulgo sofás) para os levarem para aquele que há-de ser um dos meus xangri-lás( ver ) de descanso na velhice (se não morrer antes de exaustão), e deixarem espaço aos novos que chegarão por estes dias.
Como sou dada aos sentimentalismos, já lhes sinto saudades e é sentada (por uma vez que seja) neles, que vos escrevo enquanto lhes agradeço todos os momentos bem passados (sim, porque quando aqui me alapava, alapava mesmo), lhes peço desculpa pelas cenas menos apropriadas a que assistiram e lhes prometo que a nossa relação não finda aqui.
Esperando...
Nota- Se os homens das mudanças não vierem rapidamente, temo adormecer e só acordar na zona de descarga embrulhada em película aderente juntamente com os sofás.

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