Segundas e quartas são dias de falar de protocolo.
IPOE oblige!
Não é que nunca tenha pensado nestes temas mas agora tenho-os mais à flor da pele.
Ali, supostamente, se aprendem as grandes linhas do protocolo (regulado pela lei 40); ali se fala de todo o cerimonial que embrulha o protocolo, das diferenças entre cortesia e etiqueta mas...passa-se completamente ao lado do tema elegância.
Roçamos o tema quando falamos de vestuário mas...nada mais.
Entendo eu (se calhar mal) que elegância é mais do que ter o peso certo, o cabelo certo, a maquilhagem, os acessórios ou a roupa certa; a elegância deve começar no comportamento.
Os apelidos, jóias, carros, casas, sucesso e prestigio social não substituem este tipo de elegância.
Esta elegância não pode ser aprendida nos livros; é um dom, mas pode ser ensinado pelo exemplo.
É muito mais do que saber que talher ou copo usar; é muito mais do que saber o que vestir em cada ocasião.
Esta elegância é rara e está em vias de extinção se nada for feito para a proteger e se não forem criadas condições para ela se reproduzir e multiplicar.
Podemos detecta-la ainda nalgumas pessoas; pessoas que sorriem quando falam; que falam num tom de voz agradável, nem muito alto nem muito baixo; pessoas que sabem calar e ouvir, para só falar na altura certa; pessoas que elogiam muito mais do que criticam; pessoas que ensinam sem falsos tons paternalistas e sem adoptar um ar superior.
Estas pessoas são generosas; levantam-se para ceder o lugar a quem precisa, abrem uma porta com um sorriso, dão presentes (não importa o tamanho ou o valor) fora de datas só porque sim, interessam-se por temas desconhecidos, querem sempre aprender mais, compreender melhor; não se afastam do seu estilo só para ser como os outros.
São elegantes porque compreendem a importância de um carinho, de conversar de olhos nos olhos, de ser solidário, de dar a mão...
Não há livro que ensine a ter uma visão generosa do mundo...
Este tipo de elegância pode ser aprendida se observada com atenção, mas terá de ser o próprio a cultivá-la, a acarinhá-la, a alimentá-la; esta elegância não pode ser falseada, não pode ser apenas uma imitação se assim for, morre!
Esta elegância dá trabalho mas esta é,verdadeiramente, o expoente máximo da elegância!
Concordo. Mas também está muito dependente da índole de cada um e da educação que recebeu :)
ResponderEliminarSem dúvida!
EliminarMas ainda assim penso que seja mais uma questão de índole, de caracter; muitas vezes a educação recebida é praticamente inexistente mas uma vontade férrea de aprender e ser melhor é tudo o que basta.